06 Cidades Históricas de MG para se Apaixonar
Com um rico e incomparável acervo artístico e histórico, as cidades históricas de Minas Gerais remetem a um passeio no tempo.
Um dos estados mais multicultural do país, Minas Gerais guarda patrimônios históricos, parques nacionais, heranças gastronômicas, artesanatos, diversidade cultural e mantém a história ainda viva e muito presente nos dias de hoje.
As cidades históricas de Minas foram ganhando extrema importância de acordo com os tesouros que foram sendo encontrados ao longo dos anos. Ruas estreitas, casarões históricos, igrejas do período colonial, tudo contribui para um retorno ao passado e que não deve ser esquecido. Conheça aqui algumas das principais Cidades Históricas de Minas Gerais:
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MARIANA

Cidade mais antiga de Minas Gerais, e primeira capital do Estado, apesar da tragédia da barragem da mineradora Samarco ter sido nas imediações da cidade, não atingiu o seu centro histórico, que ainda preserva ricas igrejas e arquitetura colonial intactas.
Aproveite para conhecer a centro histórico da cidade a pé, visitando o seu pelourinho, a Igreja de São Francisco, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e a Câmara Municipal de Mariana.
Conhecer Mariana é estar mais perto da religiosidade e dos costumes de Minas. Além de tudo isso, ainda é possível fazer um passeio de bate e volta à cidade de Ouro Preto com o Trem da Vale.
De um lado, a primeira Vila e Capital de Minas - Mariana. Do outro, uma cidade que é patrimônio mundial e atrai turistas de todos os cantos do mundo - Ouro Preto. O trecho ferroviário que liga as duas cidades encanta visitantes do Brasil e do mundo com seus 18 km de história, cultura e belezas naturais.
A viagem que dura uma hora, mostra belezas quase intactas da antiga rota do ouro, pela vegetação que varia entre a Mata Atlântica e o Cerrado e, claro, a arquitetura barroca com mais de 300 anos de história.
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SABARÁ

A serra de Sabarabuçu despertou o espírito explorador dos homens e a cobiça pelo ouro e pedras. A lenda transformou-se em realidade e Sabará tornou-se uma das mais importantes cidades auríferas do período barroco mineiro, onde diziam que o ouro brotava do solo.
No centro as ruas estreitas guardam um conjunto arquitetônico mais preservado. A Igreja Nossa Senhora do Ó (entrada custa R$ 3,00 por pessoa) é uma rara obra da primeira fase do barroco, construída entre 1717 a 1719, e que por fora é simples, feita de adobe, sem janelas, mas por dentro possui muito ouro e riquezas das minas localizadas ao redor da cidade.
Ao mesmo tempo, a cidade cresceu, modernizou-se e recebeu influências pela proximidade de apenas 24km da capital do estado. Hoje é vista apenas como cidade dormitório para os moradores que na maioria trabalham em Belo Horizonte, o que faz perder um pouco o seu charme, porém não tira a sua importância histórica.
Atualmente, Sabará é conhecida como a cidade das jabuticabas, onde é possível encontrar diversos produtos da fruta, como sabonete, hidratante corporal, licor e doces. No final do ano (entre novembro e dezembro), também é possível curtir mais dessa deliciosa fruta com o Festival da Jabuticaba que acontece na cidade. Há também a Festa da Cachaça e o Festival de Ora-pro-nobis - folha que é bem consumida na culinária mineira.
OURO PRETO
Ouro Preto, antiga Vila Rica, foi à primeira cidade brasileira a obter da UNESCO o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

O complexo arquitetônico barroco reúne mais de 20 igrejas e seus museus ostentam obras de mestres do barroco e do rococó mineiros, como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, além de peças antigas que remetem à Inconfidência Mineira e a outros acontecimentos históricos.

Aproveite para caminhar e desvendar os segredos desse tesouro em meio a todo o caos atual. Um dos principais pontos que deve ser visitado é a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, erguida no século XVIII e adornada com 400 kg de ouro (entrada custa R$ 10,00 por pessoa).
Aos finais de tarde a Praça Tiradentes fica tomada de jovens universitários, turistas e barzinhos por todos os lados. Lá também está o Museu da Inconfidência (entrada custa R$ 10,00 por pessoa), instalado no antigo prédio da Casa de Câmara e cadeia, possui 16 salas com objetos de vários inconfidentes e informações da condenação de Tiradentes.



Encontrada em abundancia na região, a pedra-sabão é usada por artistas locais para a confecção de objetos de decoração. Vasos, panelas, jarros, porta jóias, jogo de xadrez e diversas esculturas podem ser encontradas na feira do Largo Coimbra (funciona todos os dias, das 08h00 as 18h00), em frente à Igreja São Francisco de Assis, importante obra do barroco mineiro (entrada na igreja custa R$ 10,00 por pessoa).
Caminhar por essa cidade do século XVIII, sempre nos transporta ao nosso interior. É preciso aguçar todos os sentidos e vivenciar com um novo olhar a sua arquitetura, tocar o artesanato, provar a gastronomia e escutar o som das ruas. Muitos podem ser os segredos descobertos durante sua estada na cidade.
Ouro Preto é uma obra a céu aberto, com patrimônio, história, lendas, arte, artesanato de pedra sabão, mas é também natureza, com oportunidades de belos passeios pelos arredores verdes das minas e dos antigos arraiais.
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DICA: Para quem pensa que a única beleza de Ouro Preto vem apenas da história, se engana. O seu entorno traz lugares fabulosos, como os seus lindos vales e cachoeiras. Um paraíso perdido em meio às lendas. Um bom exemplo disso é o Parque do Itacolomi, onde fica o Pico do Itacolomi, com 1.722 metros, que é possível chegar ao seu cume.
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CONGONHAS



Declarada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (visita gratuita) começou a ser construído em 1757, por Feliciano Mendes em agradecimento a cura de uma grave doença, financiando as obras iniciais da construção com esmolas.
Sua construção foi concluída em 1772 e até hoje atrai milhares de pessoas, por se constituir um local de peregrinação religiosa, cuja uma das maiores atrações é a Sala dos Milagres, onde os fiéis deixam fotos e cartas contando histórias e agradecendo pelos milagres alcançados.
Isaías, profeta do Antigo Testamento, abre a serie de honra na entrada da escadaria, no lado esquerdo do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Esculpidas em pedra sabão pelo Aleijadinho, os doze profetas são obras monumentais, declarados pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. E para completar as seis capelas com imagens que representam a Via Sacra de Jesus Cristo, uma obra de arte que conta os passos da Paixão de Cristo, completam a paisagem. É considerado o maior conjunto estatuário barroco do mundo e a grande obra-prima da arte colonial brasileira.
TIRADENTES

Cidade charmosa, Tiradentes conserva seu estilo de vila, com ruas de pedras, edificações imponentes, manifestações na gastronomia, no artesanato e na natureza. É a mais graciosa e bem cuidada das cidades históricas mineiras e ainda conserva o ar romântico de seu passado colonial, com os casarios bem conservados.
Uma importante construção da cidade é a Igreja Matriz de Santo Antônio (entrada custa R$ 3,00 por pessoa) que possui em seu estilo traços da fase do barroco ao rococó, teve a sua construção iniciada em 1710 e abriga em seu interior um belo Órgão trazido de Porto, Portugal em 1779, considerado um dos mais importantes do mundo.

Além disso, a cidade recebe muitos visitantes por ser palco de alguns festivais como a Mostra de Cinema, que durante alguns dias exibe filmes nacionais inéditos com programação gratuita. E o Festival de Cultura e Gastronomia, que sempre acontece em agosto e conta com cursos de culinária, exposições, degustação de pratos e apresentações musicais.
Emoldurando a cidade, encontra-se a majestosa Serra de São José, que convida o visitante a desvendar suas belezas, nas caminhadas que possibilitam ver a cidade por outros ângulos.



É uma cidade perfeita para ir a dois ou com a família: passear pelas ruas, admirar as belezas dos casarios e jantar em lugares charmosos e acolhedores. Vá preparado para admirar os diversos ateliês e lojinhas de souvenir, a cidade é uma tentação para as compras.
DICA: Vá a um dos cafés mais charmosos da cidade e experimente um pedaço do melhor rocambole da região no Rocambole e Cia (Rua Ministro Gabriel Passos, 115).
SÃO JOÃO DEL REI
Cidade de múltiplas faces, São João Del Rey abriga construções com o estilo colonial português, o neoclássico do século XIX, e o moderno. A localização estratégica, fez com que a cidade tivesse devida importância histórica, sendo porta de entrada das Minas Gerais.

Em sua praça principal está a Igreja de São Francisco de Assis (a entrada custa R$ 3,00 por pessoa) que traz o estilo rococó – a negação do barroco, com igrejas lindas por fora, e um pouco mais simples por dentro, aspectos em tons de cores claras e objetos em madeira. No cemitério, ao fundo, está o túmulo do ex-presidente Tancredo Neves.
O Memorial Tancredo Neves é um museu que busca preservar as memórias do primeiro presidente após a ditadura militar. É possível encontrar fotos, cartas, documentos, e painéis que dão um panorama cronológico de sua vida, desde a infância, até o ingresso na vida pública.
DICA: o passeio de maria-fumaça até Tiradentes, percorre 12km em 40 minutos, margeando o Rio das Mortes com vista para a Serra de São José. VEJA AQUI mais informações.
UM POUCO DOS ESTILOS...
Não tem como conhecer as belezas das cidades históricas de Minas, e não buscar entender como eram os estilos da época, o que eles representavam para a sociedade e qual eram os seus objetivos.
O Barroco pregava a arte da repressão com influências italiana, onde as igrejas são simples por fora, feitas com adobe e sem janelas, e eram escuras por dentro com muito ouro. Um dos principais objetivos era que os fieis entrassem e ficassem tão impressionados, que deveriam sair com alguma mudança, como se tivessem visto a Deus. Desejam também prender as pessoas através da arte, e pregavam o teocentrismo, onde Deus está no centro de tudo.
Já o Rococó, que é contrário ao barroco, prega a arte da libertação e traz influências francesas, com igrejas muito mais bo